A alimentação é parte integrante do vínculo que se estabelece entre o homem e o seu melhor amigo. Alimentar, para além de um dever, é uma demonstração de afeto, sendo uma das interações mais gratificantes que temos com os nossos animais de estimação. A expressão "somos o que comemos" aplica•se a todos os animais, daí a crescente preocupação na escolha da dieta que melhor se adapta ao nosso cão e que ajude a prevenir ou tratar algumas doenças.
Durante o período de desmame, ainda junto da sua mãe os cachorros começam a receber um alimento específico para o efeito que é misturado com leite de substituição. A transição é feita progressivamente da 4ª à 7ª semana, altura em que os cachorros começam a ser alimentados com uma dieta de crescimento. As necessidades dietéticas dos cachorros diferem das dos animais adultos. Eles têm sobretudo necessidades distintas de cálcio e fósforo, importantes para o crescimento e desenvolvimento ósseo e usualmente têm uma necessidade calórica superior – gastam mais energia! O teor proteico da dieta assume especial importância no processo de crescimento e desenvolvimento muscular e na manutenção de uma pele e pelagem saudáveis. Os suplementos vitamínicos, e os ácidos gordos ómega 3 das dietas próprias para esta fase da vida, ajudam a fortalecer as defesas naturais, já que os cachorros apresentam grande vulnerabiliclade imunitária, e contribuem para um desenvolvimento neuro-sensorial adequado.
Para garantir saúde e vitalidade ao longo da vida do cão, a alimentação deve atender a todas as necessidades nutricionais, sem carências nem excessos.
O estudo das curvas de crescimento das diversas raças revela que as raças de cães pequenos apresentam uma amplitude de crescimento menor e completam o seu desenvolvimento num período mais curto de tempo. Em contraste, as raças de cães grandes e gigantes crescem mais e completam o seu crescimento mais tarde. Assim sendo, a amplitude e duração do crescimento são proporcionais ao peso do cão adulto. As recomendações convencionais são de alimentar os cachorros com dietas de cres cimento, adaptadas ao seu tamanho, até que o animal complete aproximadamente a totalidade do seu desenvolvimento físico. Isto ocorre em média aos 12 meses de idade em cães de raça pequena e média e aos 18/24 meses em cães de raça grande /gigante.
Uma das principais diferenças entre as dietas de crescimento «regulares» e específicas para raças de grande porte reside na densidade energética. Um cachorro de raça grande necessita de uma dieta com nível calórico adequado para evitar o excesso de peso, o que constitui um fator de risco para o desenvolvimento de problemas ortopédicos. A formulação dos alimentos para cachorro tem em consideração o tamanho, forma e dureza do croquete, que é adaptado ao tamanho do animal e à dentição de leite. As rotinas e hábitos são uma importante fonte de equilíbrio emocional para os cães, por isso é importante respeitar algumas regras. Mantenha a hora e local de refeição, o mesmo tipo de alimento, servido no mesmo comedouro. Em casas com diversos animais, cada um deve ter a sua própria taça de comida, para evitar inibições ou conflitos. O número de refeições varia em função da fase de desenvolvimento do cão. Após o desmame e durante a adoção recomenda-se a administraçâo de quatro refeições diárias, que deverão ser gradualmente reduzidas para três até aos 6/9 meses, dependendo do caso particular, e a partir daí para duas refeições drárias. Tente implementar um horário constante para alimentar o seu cão, que poderá coincidir com as principais refeições da família, por exemplo, pequeno-almoço e jantar.
Um cachorro com um regime alimentar equilibrado e adaptado às suas características não necessita de fazer qualquer tipo de suplemento alimentar. Nestas circunstâncias, será inútil ou até mesmo arriscada a administração de alguns suplementos, como é o caso do cálcio, sem indicação específica do médico veterinário.