Era um deus venerado pelos filisteus (ou povo de Canaã) com o nome de Dagon ou Dagantakala.
Casado com Shala (um outro nome de Ninlil), este deus fazia com que as plantas crescessem e julgava aqueles que morriam, reinando no mundo subterrâneo.
O seu nome pode provir de dag, peixe. Assim, ele é representado como um ser que é metade peixe e metade homem. O facto de em fenício e hebraico a palavra para milho seja dagan, além de outros indícios, permite a alguns estudiosos supor que este deus tenha sido o chefe do panteão, tendo inventado o milho e o arado. Põe-se a hipótese de, de facto, se ter tornado uma divindade agrícola (venerado em Gaza sob a forma do deus Mama, com características de Dagon), sendo invocado em tempos de fome. Gaza era, com Ashdod, um dos centros de adoração a este deus, havendo um templo fora da cidade, de forma redonda, com um oráculo, poços sagrados e onde se lhe ofereciam sacrifícios humanos.
Ao longo da Bíblia relatam-se episódios que demonstram a devoção que o povo filisteu tinha a este deus, constantemente invocado nas lutas contra os hebreus. Quando venciam, os despojos eram oferecidos a Dagon no templo que lhe era dedicado. Foi este mesmo templo que foi derrubado no célebre episódio da prisão do 13.º Juiz de Israel, Sansão, pelos filisteus. Sansão derrubou o templo com as suas mãos na altura em que se faziam festejos em honra de Dagon.
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