Aragorn

Épico cinematográfico fantástico em forma de trilogia coproduzido entre os EUA e a Nova Zelândia. Foi realizado pelo neozelandês Peter Jackson e interpretado por Elijah Wood, Sean Astin, Ian McKellen, Viggo Mortensen, Orlando Bloom, John Rhys-Davies, Billy Boyd, Dominic Monaghan, Andy Serkis, Christopher Lee, Cate Blanchett, Liv Tyler, Bernard Hill, Ian Holm, Miranda Otto, Hugo Weaving, Sean Bean e David Wenham. O argumento é da autoria de Fran Walsh, Philippa Boyens e Peter Jackson, adaptando a popular obra-prima The Lord of the Rings (O Senhor dos Anéis) de J.R.R. Tolkien. Filmados de seguida na Nova Zelândia, os três filmes estrearam com um ano de intervalo entre si: The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring (O Senhor dos Anéis: A Irmandade do Anel) em 2001, The Lord of the Rings: The Two Towers (O Senhor dos Anéis: As Duas Torres) em 2002 e The Lord of the Rings: The Return of the King (O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei) em 2003.

 

A história passa-se num mundo fictício denominado Terra Média e gira em torno de um anel que confere ao seu portador poderes especiais. Se cair nas mãos de Sauron - a encarnação do Mal na Terra Média - este dominará o mundo. O primeiro filme apresenta todo o universo imaginário e mostra como o anel vai parar aos Hobbit, um povo rural e simples. Bilbo (Ian Holm) entrega-o ao seu sobrinho Frodo (Elijah Wood) sob a condição deste o levar até ao castelo de Mordor para o destruir e assim impedir que Sauron e as forças do Mal dominem a Terra Média. Frodo aceita a missão, encetando uma épica viagem para defender o Bem, auxiliado pelo feiticeiro Gandalf (Ian McKellen). No caminho, vão encontrar alguns amigos que se dispõem a ajudar a levar a cabo tão árdua tarefa. Assim, o humano Aragorn (Viggo Mortensen), o elfo Legolas (Orlando Bloom), o anão Gimli (John Rhys-Davies) e os hobbits Samwise, Merry e Pippin (Sean Astin, Dominic Monaghan e Billy Boyd, respetivamente) vão formar a "irmandade do anel" que, juntamente com Frodo e Gandalf, lutarão até que o anel seja destruído.

 

O segundo filme vai encontrar a irmandade dividida em três grupos: Frodo e Sam estão perdidos quando encontram uma estranha criatura, Gollum (Andy Serkis), que outrora possuira o anel e se deixara fascinar por ele. Gollum oferece-se para os guiar até Mordor. Frodo aceita, mas Sam fica desconfiado. Merry e Pippin encontram-se na floresta de Fangorn, onde conhecem uma raça de árvores andantes e falantes. Finalmente, Aragorn, Legolas e Gimli chegam a Rohan onde constatam que Saruman (Christopher Lee) subjugou por completo o rei Theoden (Bernard Hill). Preparam-se então para a Batalha do Abismo do Elmo, onde enfrentam um poderoso exército de mais de 10 000 criaturas ávidas de sangue.

 

O terceiro capítulo mostra o final da jornada e o clímax da história. Frodo, Sam e Gollum avançam até ao seu destino, envolvendo-se em disputas ameaçadoras, enquanto os restantes membros da irmandade (liderados pelo assumido rei Aragorn) se concentram na preparação da decisiva batalha de Pelennor, às portas de Minas Tirith. As forças do Bem acabam por vencer e o anel é destruído, mas Frodo fica à beira da morte.

 

É no seu conjunto um filme monumental, com quase 10 horas de duração total e uma logística técnica e humana sem precedentes, que originou um dos maiores sucessos da história da sétima arte. Entre os feitos mais memoráveis da trilogia, é de referir a criação de paisagens absolutamente deslumbrantes como o Shire, Rivendell ou Minas Tirith, entre muitos outros; as fabulosas criaturas do imaginário de Tolkien, com destaque para o inesquecível Gollum (uma dicotómica criatura gerada por computador, mas incrivelmente tocante); e as imponentes batalhas como a do Abismo do Elmo ou de Minas Tirith. Contudo, nenhuma criação visual geraria verdadeira emoção se não fosse credível e assente na dimensão humana, o que aqui acontece.

 

A Irmandade do Anel venceu quatro Óscares (melhor fotografia, caracterização, banda-sonora e efeitos visuais), As Duas Torres venceu dois (melhores efeitos visuais e efeitos sonoros) e O Regresso do Rei ganhou nas onze categorias para as quais estava nomeado (melhor filme, realizador, argumento adaptado, montagem, direção artística, guarda roupa, caracterização, banda-sonora, efeitos visuais, som e canção original). O capítulo final igualou assim Ben-Hur e Titanic como os filmes com mais Óscares de sempre.

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