Personagem de grande popularidade criada pela romancista inglesa Mary Shelley, entre 1816 e 1818, para o livro Frankenstein, or the Modern Prometheus (1818, Frankenstein ou o Prometeu Moderno).
Essa obra, que se tornou num dos romances mais conhecidos da época, insere-se no Romantismo inglês, revelando-se também como precursora do género de ficção científica.
A obra é constituída por um prefácio, quatro cartas do Capitão Robert Walton a sua irmã (este um explorador ártico que teria ouvido a história trágica de Frankenstein) e 24 capítulos, sendo o último, pela sua extensão, dividido em 3 partes. Nesses capítulos, narra-se como o Dr. Victor Frankenstein, um jovem estudante de Medicina, em Genebra, criou o Monstro, uma criatura com aparência quase humana, a partir de diferentes partes corporais mortas e às quais deu vida. A enorme força e o aspeto monstruoso da criatura, provocava horror naqueles que a viam. Apesar das reações de medo das pessoas, o Monstro, chegou a salvar do perigo uma menina. Sentindo-se infeliz, o Monstro desejava ardentemente ser amado. Mas, Victor Frankenstein, dececionado com o resultado da sua experiência, abandonou a criatura, partindo numa viagem pelo mundo. No entanto, o Monstro perseguiu o médico até encontrá-lo, em Chamonix, onde conseguiu convencê-lo a criar-lhe uma parceira. Contudo, Frankenstein, receando agravar a situação, destruiu o modelo feminino, que começara a construir. Então, o Monstro, furioso, decidiu vingar-se, matando a noiva do jovem médico, na noite de núpcias do casal. Com o desgosto, o cientista perdeu temporariamente as suas faculdades mentais. Recuperada a saúde, o jovem partiu da sua terra com o propósito de destruir a obra criada. Depois de uma perseguição pelo mundo, os dois encontraram-se no território Ártico, onde Frankenstein foi morto pelo Monstro que, todavia, lamentou a perda do seu criador, tendo desaparecido na vastidão gelada do Ártico, desejando a sua própria aniquilação.
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