O programa espacial Sputnik foi criado pela União Soviética em meados da década de 50, do século XX, para demonstrar a viabilidade dos satélites artificiais. O objetivo era investigar o espaço e descobrir se organismos vivos eram capazes de sobreviver no espaço. Sputnik é uma palavra russa que significa satélite ou amigo viajante.
O primeiro Sputnik foi lançado para o espaço a 4 de outubro de 1957, a partir do cosmódromo de Baikonur, na República do Cazaquistão, tendo sido o primeiro satélite artificial do mundo, o que apanhou de surpresa os norte-americanos. O Sputnik tinha o tamanho de uma bola de basquetebol, pesava cerca de 80 quilogramas e esteve 98 minutos em órbita à volta da Terra. Como em todos os casos seguintes, o satélite foi transportado para o espaço, até ser deixado em órbita, pelo foguetão R. 7, inicialmente concebido para servir fins militares. O sucesso do primeiro Sputnik abriu a corrida espacial entre soviéticos e norte-americanos, que decidiram então criar a NASA (Agência Espacial Norte-Americana).
A 3 de novembro de 1957, foi lançado o Sputnik 2, que pesava cerca de meia tonelada, o primeiro aparelho espacial de sempre a transportar um ser vivo. Lá dentro viajava a cadela Laika, que sobreviveu durante dez dias no espaço. O seu regresso à Terra não estava previsto nesta missão.
A 15 de maio de 1958, à segunda tentativa, foi enviado para o espaço o Sputnik 3, que transportava uma série de instrumentos para pesquisa geofísica.
As experiências com animais foram repetidas a 19 de agosto de 1960, com o Sputnik 5. Desta vez transportava dois cães, 40 ratos, duas ratazanas e diversas plantas. Após um dia no espaço, o satélite regressou à Terra com todos os animais vivos.
No total foram enviados para o espaço dez satélites soviéticos com a designação Sputnik, alguns dos quais para servirem de base de lançamento de sondas que viajaram até ao planeta Vénus.
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