Chefe militar lusitano, crê-se que terá vivido no século II a. C., foi um dos mais importantes chefes que liderou o povo contra o domínio que Roma exerceu na Península Ibérica. Os testemunhos que perduraram, como o do historiador Diodoro, mencionam Viriato como natural da zona compreendida entre os rios Douro e Tejo.
Provavelmente pastor e familiarizado com a vida nas montanhas, tornou-se chefe dos Lusitanos por volta do ano 148 a. C., tendo, enquanto tal, oferecido uma forte oposição à pressão romana. Habituado a combater, contagiou o seu povo e incentivou-o a lutar pelos seus direitos, não se sujeitando a acordos que Roma raramente cumpria e que deixavam os Lusitanos em desvantagem. Conquistando progressivamente zonas como Segóbriga, a Mancha e a Bética, tornou-se uma preocupação para os Romanos a partir de 143 a. C. Um dos combates mais importantes que travou contra as forças romanas foi o de Erisane (situada no sul da Andaluzia), onde em 141 a. C. conseguiu fazer um cerco ao exército romano liderado por Fábio Máximo Serviliano. Este confronto foi decisivo por marcar o fim da resistência armada oposta a Roma, tendo Viriato em nome do seu povo aceite um acordo com Serviliano e o Senado romano em que os Lusitanos viam a sua independência reconhecida e passavam a possuir o estatuto de "amigos do povo romano" ou amicus populi romani.
Esta paz não duraria muito, uma vez que um ano depois o governador da Hispânia Ulterior (onde se inseria a Lusitânia) mudou e Quinto Servílio Cepião passou a assumir o comando. Este voltou a abrir as hostilidades, uma vez que, tal como o Senado, sentia que Roma estava a ser desonrada com o acordo levado a cabo por Serviliano. Viriato, num intento de manter a paz duramente conseguida, dirigiu-se ao governador da Hispânia Citerior, Marco Popílio Lenate, mas este fez exigências consideradas humilhantes pelo chefe lusitano que de novo se virou para Cepião, enviando-lhe como embaixadores os seus amigos Minuro, Áudax e Ditalco. Quando estes retornaram da sua missão assassinaram Viriato, que desta forma faleceu no ano 139 a. C. A este chefe ainda sucedeu Táutalo, mas a vontade de independência dos Lusitanos tinha-se enfraquecido irremediavelmente e a sua liderança pouco durou.
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