A tradição da semana de sete dias, a semana de ciclo lunar, é muito antiga, tendo sido observada na Babilónia e na Assíria, onde se acreditava que dava azar fazer qualquer coisa no dia de mudança da lua. Na Índia, era a deusa Durga a divindade venerada no sétimo dia após vários rituais semanais de proteção da maternidade e da infância. Os vários deuses da Antiguidade oriental, tal como Baal e Marduk, descansavam ao sétimo dia, uma tradição que o Antigo Testamento também adotou. Entre os Hebreus, o sétimo dia era dedicado a Deus, sendo um dia de repouso santificado tanto para homens como para animais depois de uma semana de atividade. Sabat poderá estar relacionado com a palavra hebraica chabot que significa repousar e retornar à sua alma. Também simboliza a liberdade do povo hebraico depois da sua histórica permanência como escravo no Egito, dado que só os homens livres é que descansam.
O sábado é um dia de festa dedicado à evocação da criação divina. Esta santificação do sábado também foi observada no cristianismo, onde também o descanso do sábado simboliza a vida eterna e o tempo sagrado, consagrado ao conhecimento de Deus, em vez do tempo profano dedicado às tarefas materiais.
As festas pagãs relativas aos ciclos da lua poderão estar na origem remota do sabat, em que a festa que celebrava a lua cheia poderá ter sido alargada às quatro fases mensais da lua. É este ritual pagão que estará provavelmente na origem do sabat das bruxas. Este outro sabat, ou shabbat, é chamado aos rituais das reuniões das feiticeiras que foi erradamente associado ao sabat judaico, provavelmente durante o período da Inquisição. Segundo a tradição as bruxas saíam montadas nas suas vassouras ou nos seus lobos e juntavam-se nas clareiras dos bosques onde praticavam estranhos e misteriosos rituais que eram associados ao sabat dos "mouros", o zabat, a invocação do poder divino.
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