Rio Reno
Rio que nasce de um glaciar, nos Alpes Suíços, a 200 quilómetros da nascente do Ródano. Desagua no mar do Norte, junto à cidade holandesa de Roterdão, após percorrer 1320 quilómetros. A sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 225 000 km2. Atravessa a Suíça, a França, a Alemanha e a Holanda, passando por importantes cidades, como Basileia na Suíça, Estrasburgo na França, Bona e Colónia na Alemanha. É o percurso fluvial com maior tráfego do continente europeu.
O rio Reno, bem como os seus principais afluentes, tem, na secção inicial do seu curso, um carácter torrencial correndo entre margens altas e rochosas. Depois de sair do lago Constança, serve de fronteira entre a Alemanha e a Suíça até Basileia. Aí muda de direção e passa a correr sensivelmente para norte, num vale largo, na fossa renana entre o maciço dos Vosgos, a oeste, e a floresta Negra, a este. De Basileia até à foz, o rio é muito navegável apesar de, entre Mogúncia (Mainz) e Bona, atravessar o maciço renano. De Bona até ao mar do Norte, o rio corre na planície europeia formando, com o rio Mosa, na sua secção terminal, um grande delta. Nesta região, os braços mais importantes do Reno são ladeados por diques construídos pelos holandeses a fim de evitar a inundação de áreas situadas abaixo do nível do mar e do rio. O Reno está ligado por canais ao Danúbio, ao Ródano, ao Sena e ao Elba. As suas margens têm riquezas variadas e grande densidade de população.
Aliadas ao Reno existem algumas lendas, sendo a mais conhecida aquela que se refere ao penhasco Loreley que se encontra em determinada curva do rio. Conta a lenda que era costume os barqueiros serem atraídos para aquela saliência rochosa por uma sereia que cantava, enquanto penteava os seus longos cabelos louros. A sua canção tinha uma tal força encantatória que os barqueiros se esqueciam de prestar atenção aos perigos que rodeavam o penhasco e ali encontravam a morte. Esta lenda antiga ficou imortalizada no poema do escritor alemão Heinrich Heine (século XIX), intitulado "Die Loreley", tendo sido musicado em 1830 por Friedrich Silcher.
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