Práxis significa atividade e ação. Foi Aristóteles que consagrou a práxis como um termo filosófico, para assim poder designar as ações intransitivas ou morais que têm em si mesmo um sentido completo ou pleno, como, por exemplo, a ação de ver, julgar, dançar, etc. Em sua oposição existem as ações transitivas que têm a sua conclusão numa obra exterior, tais como construir, pintar, cozinhar, etc.
Para o neoplatonismo, a práxis consiste na ação humana produtiva, envolvendo todos os trabalhos manuais e toda a atividade humana, mas vista como sendo uma atividade básica e consequentemente inferior, pois mantém o homem aprisionado na sua condição material de existência. Só o cristianismo tentou dignificar e promover o desenvolvimento destas atividades.
Na Filosofia ocidental, a práxis seria uma característica essencial do materialismo dialético professado pelo marxismo. Mais tarde, Marx afirma que a realidade é uma produção da atividade concreta do homem e não uma atividade pensante, como os idealistas defendiam. Assim, Marx vai transferir o princípio da práxis, da conceção abstrata do espírito, para a atividade humana material e social concreta de transformação da realidade objetiva da natureza, da sociedade e do próprio homem. A práxis passa então a designar as atividades industriais, as relações sociais, etc. A atividade humana torna-se a reconciliação da teoria e da práxis. Toda a teoria é teoria da práxis. Exprime a unidade dialética do pensar e do ser, sendo ao mesmo tempo saber e prática, conhecimento e ação. É o termo natural da teoria, sem o qual esta seria inútil e ilusória.
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