As tradições antigas diziam que cada alma humana tinha a sua morada numa estrela ou então que havia uma entidade em cada estrela que velava por cada ser humano, entidade que mais tarde foi associada ao anjo da guarda. Por isso, a estrela foi sempre associada à boa sorte e ao destino dos seres humanos, tal como expressões como "ter uma boa estrela" ou "ter a sua estrela em baixo" para significar boa ou má sorte. A tradição hebraica associava a vida na Terra com o que estava escrito nas estrelas pelo anjo respetivo de cada ser humano. A relação das estrelas com o nascimento, a vida e a morte dos seres humanos foi aprofundada na astrologia, uma ciência muito antiga que esteve na origem na atual astronomia. Os gregos acreditavam que as almas eram feitas de uma matéria semelhante à das estrelas, o éter, que consideravam ser o quinto elemento, de consistência etérea e misteriosa mais leve que o fogo.
As divindades femininas como a Deusa e posteriormente Astarte, Istar ou Vénus eram identificadas com o que se julgava ser uma estrela, pelo seu brilho, e que atualmente sabemos ser o planeta Vénus, ainda hoje chamado de Estrela da Manhã. No Egito existia a crença na Estrela de Osíris, chamada de Sirius, a mais luminosa de todas as estrelas, que surgia com as fecundas inundações do rio Nilo.
A estrela é habitualmente representada com cinco pontas, o pentagrama, um símbolo muito difundido no Oriente pré-islâmico e que depois foi utilizado nas bandeiras das nações islâmicas e árabes. Outros países não islâmicos, como os EUA, também têm representações de estrelas de cinco pontas nas suas bandeiras. Por outro lado, a estrela de seis pontas, o hexagrama, está hoje ligada à simbologia hebraica e fez parte da tradição hindu como representação conjunta de Cali e Xiva. Existem, no entanto, outras representações de estrelas, como a chamada Estrela Fixa de oito pontas, que diferenciava as estrelas fixas do que acreditavam ser estrelas móveis e que na realidade eram planetas. Na Bíblia, a Estrela da Manhã é associada ao filho de Deus, Jesus, no Livro do Apocalipse. Na tradição cristã ficou famosa a estrela de Belém que anunciou a chegada do filho de Deus e guiou os Reis Magos até ao berço de Jesus.
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