Avalon era a ilha encantada onde "Excalibur", a espada do Rei Artur, tinha sido forjada e para onde o próprio rei tinha voltado vitorioso depois da sua última batalha para ser curado de um ferimento mortal. Geoffrey de Monmouth, o autor da lenda de Artur, chama-lhe Insulis Avallonis, que traduz por Ilha das Maçãs, num claro simbolismo paradisíaco. A ilha é ainda associada às míticas ilhas Afortunatas, mas situada em águas ocidentais.
Avalon é regida por Morgana le Fay, uma feiticeira e curandeira rodeada de nove donzelas sacerdotisas, responsável pela cura de Artur deitado numa cama de ouro. Sendo uma ilha onde se refugiam os espíritos, Artur permanece nela vivo por artes mágicas, esperando a hora do regresso. Quando, em 1191, os monges de Glastonbury encontraram a suposta sepultura de Artur no cimo de um pequeno monte que dantes se encontrava circundado de água, disseram ser este o local da mítica e pagã Avalon. A inscrição no túmulo dizia: "Aqui jaz enterrado na Ilha de Avalon o conhecido Rei Artur".
A abadia de Glastonbury tinha a tradição de ter sido fundado por José de Arimateia, que alegadamente tinha trazido o Santo Graal para as Ilhas Britânicas e por isso era um lugar ligado à mística do Graal. Paralelamente a esta Avalon haveria uma outra Avalon mística do Além, onde Artur permaneceria retirado do mundo e para sempre imortal.
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