Deusa do amor, da alegria, do erotismo, da dança e da música. O seu culto estava associado a regiões longínquas, como Biblos e Sinai, sendo por isso chamada a "Senhora das Turquesas". Adorada em vários locais, o principal templo dedicado a Hator localizava-se em Dendera, erguido no período ptolomaico (305 a. C.-30 a. C.), onde é possível encontrar, nas chamadas colunas hatóricas, a cabeça da deusa representada nos capitéis. Hator surge como participante de alguns mitos, sendo o mais importante o da "Destruição da Humanidade". O seu nome significa literalmente "Casa de Hórus" ou "Morada de Hórus". No Império Antigo era associada à maternidade, sendo referida como mãe de Hórus, papel que é mais tarde assumido por Ísis, com quem é muitas vezes confundida iconograficamente. Hator surge representada como uma vaca, como alusão à maternidade, ou como uma mulher com orelhas de vaca, ou ainda como uma mulher exibindo na cabeça o disco solar ornamentado por cornos liriformes. A deusa era também representada sob a forma de uma leoa, por associação à deusa Sekhmet, sendo este o seu aspeto mais destrutivo. O seu culto surge também associado ao contexto funerário, sendo referida como "Senhora do Ocidente", ou seja, da região dos mortos.
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