Patrício pertencente à gens Cornélia, uma das famílias mais antigas de Roma. Durante as lutas contra o rei Jugurta da Numídia e contra os Aliados distinguiu-se pela sua habilidade no campo militar, pelo que lhe foi atribuído o comando supremo das tropas (constituídas maioritariamente por veteranos que tinham lutado consigo na Guerra dos Aliados) quando se tornou necessário travar o avanço do rei Mitrídates pelos terrenos romanos da Ásia Menor e da Grécia, em 88 a. C. Neste mesmo ano, Sula foi eleito cônsul e protagonizou a primeira das invasões da cidade de Roma, com a intenção de defender pela força o comando que lhe tinha sido inicialmente dado na campanha militar contra o rei Mitrídates, comando este que lhe foi entretanto retirado em favor de Caio Mário por intervenção do tribuno Sulpício Rufo, aliado de Mário. Com esta invasão de Roma, Sula conseguiu atingir os seus objetivos, apesar de apenas ter usado a força em casos de necessidade. Este sucesso foi tanto mais fácil quanto maior o choque provocado por uma violação inconcebível dos costumes romanos, que impedia um exército armado de atravessar o pomerium ou limite sagrado da cidade. Nesta altura, Sula aproveitou a autoridade que conseguiu e proscreveu os seus inimigos Caio Mário e Sulpício Rufo, tendo conseguido inclusivamente que este último fosse morto. Sula resolveu o problema da invasão de Mitrídates com um acordo de paz em Troia, no ano 85 a. C., e enquanto se encontrava fora de Roma o poder foi tomado por Cina e Caio Mário, que por sua vez o proscreveram. No ano 82 a. C. Sula voltou a Itália e combateu contra as forças que se tinham aliado contra si, vencendo-as e retomando o poder em Roma, desta vez sob a forma de ditadura. Eliminou os seus inimigos e tentou restaurar o poder do Senado restringindo o dos tribunos da plebe, aumentando o poder do Senado sobre os procônsules das províncias e restabelecendo o número de tribunais em sete. Retirou-se voluntariamente do cargo de ditador para se tornar cônsul no ano de 80 a. C., em 79 a. C. foi para a Campânia, onde tinha propriedades, e lá faleceu em 78 a. C.
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